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Mostrando postagens de maio, 2018

Confissões mentais

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Era um dia comum, como outro qualquer, ou talvez como nenhum, mais ou menos às 10 da manhã, ou 2 da tarde, não se sabe. Se era verão, inverno ou primavera, isso também não importa. Não me lembro muito bem a cor do meu vestido, se era curto, estampado ou comprido. Acontece que naquele dia alguém bateu na porta, disse que havia se perdido, que chegara de uma longa viagem e que estava muito cansado, me pediu um copo com água. No mesmo instante hesitei, mas em seguida lhe ofereci um canto qualquer do sofá ou de uma cadeira velha que estava lá, lhe perguntei seu nome, percebi que estava cansado e não conseguia falar, mais que de imediato fui buscar algo que ele tinha me pedido, um copo com suco talvez, pensei em voltar e lhe perguntar o que era, pois eu já havia esquecido. Mas não voltei. Preparei um suco bem gelado e peguei um pedaço de bolo, pois foi a única coisa que encontrei. Ofereci-lhe, ele ainda ofegante aceitou e agradeceu, apenas acenei com a cabeça e me sen...

Identidade

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Não tenho medo que descubram minha verdadeira identidade. Sou espevitada, hiperativa, desastrada, ansiosa e às vezes inconsequente. Imaginação fértil, cabeça no mundo da lua e discurso irreverente. Gosto de rir, mas também choro. Arranco sorrisos e faço chorar de repente. Piso firme, sonho alto e desmorono facilmente. Não escolhi ser dessa maneira, mas já me acostumei com o meu jeito incoerente. E se existir outra vida depois dessa, Senhor Deus, permita que eu reencarne em mim novamente. Mary Santos

Tempos de guerra

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São os momentos de guerra que nos fazem refletir sobre a vida. Vida essa que passa tão corrida. Acordamos pela manhã para mais um dia de trabalho e reclamamos. Reclamamos por ter que levantar cedo, porque a noite passou depressa, porque queremos dormir por mais tempo. Tempo o qual passa tão veloz que nem conseguimos tocá-lo ou senti-lo. Estamos sempre almejando o futuro. Vivemos o amanhã sem imaginar que o hoje é o nosso maior presente... A corrida contra o tempo pode nos levar pra bem longe, porém nunca chegamos ao nosso destino, pois o nosso destino é correr contra o tempo. Na corrida contra o tempo, o ponto de partida é o presente e o ponto de chegada é a nossa única saída. Nessa corrida o único que vence é o futuro e o nosso maior adversário ficou parado, lá no ponto de partida. Então só percebemos onde estamos quando a guerra chega, Quando o tempo para, E a paz... Aaah! Quando a tão desejada paz é perdida. Mary Santos

Noites Frias

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Em noites frias um cobertor Dentro de casa, mesa farta Uma fogueira pra aquecer o corpo E por trás disso tudo, muita alegria. Em noites frias existem vidas No mundo lá fora muitas almas Embaixo de pontes vivem pessoas E por trás disso tudo, pesadelos. O que aconteceu por aqui? Quanta desigualdade! Tem alguém que me explique? Por que no mundo onde há tristeza, existe a felicidade? Mary Santos

Estágios da vida

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Óh! Quão doce é, o olhar de uma criança, Que se entrega com confiança, Quando está com fome, chora, cansa E ao sentir frio, os braços de sua mãe o alcança. Tão inocente és, bela criança, Em suas primícias, não existem malícias. Que tens esperança, sorri e se balança, Mas também chora, e após descansa. Não dá pra decifrar a imaginação de uma criança, Pois quando está feliz ela ri e dança. E busca descobrir o que há em sua volta, Mas quando existem limites, ela se revolta. Suas primeiras palavras liberam emoção Já entende o amor, mas não conhece a paixão, Usufrui de carinho e de muita atenção. E após sair das fraldas e largar a mamadeira, Ela pensa que na vida tudo é uma brincadeira. Na escola ela aprende escrever o “B-A-BÁ” E no intervalo da lição, com seus amigos vai brincar. Busca a beleza das coisas em sua simplicidade, Observa e sente curiosidade, Tenta entender, toca, sem maldade, Mas às vezes a dúvida e a vergonha o invadem...